Vacinas para o HIV
VACINAS PARA O HIV SÃO O ‘CAMINHO MAIS DIFÍCIL’ NA LUTA CONTRA A SIDA, AFIRMA ESPECIALISTA DOS ESTADOS UNIDOS EM SEMINÁRIO NO RJ.
Na opinião de David Watkins, da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), não se pode "fazer uma vacina utilizando os meios convencionais. Nós precisamos utilizar uma maneira diferente”.
A despeito dos esforços de grupos de cientistas de diversas partes do mundo no sentido de desenvolver uma vacina contra o HIV, na opinião de David Watkins, do Departamento de Patologia e Medicina Laboratorial da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), é pouco provável que um dia se chegue a um resultado concreto pelos caminhos até agora trilhados. “Eu estive em Amsterdam recentemente e assisti a muitas pessoas tentando fazer vacinas para o HIV e quando voltei para os EUA estava muito deprimido. Eu acho que buscar desenvolver vacinas é o caminho mais difícil (na luta contra o HIV/Aids)”, afirmou durante o Seminário Avançado sobre Patogênese em HIV/AIDS, que está sendo realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz e que termina na sexta-feira (27/10).
O especialista explicou que, em geral, uma vacina é baseada em anticorpos – o que não é possível no caso do HIV. “Em primeiro lugar, por causa da variabilidade do vírus. É muito difícil criar um anticorpo que sirva para todos”, disse. Segundo ele, outro problema enfrentado no esforço de se desenvolver uma vacina é que não se pode utilizar uma carga atenuada do vírus, sob risco de ocorrer uma recombinação. “Nós não podemos fazer uma vacina utilizando os meios convencionais. Nós precisamos utilizar uma maneira diferente”, defendeu.
De acordo com Watkins, a maioria das vacinas inicialmente testadas estão tentando induzir resposta mediada por linfócitos T killer (células do sistema imunológico) . “Infelizmente, estudos clínicos em andamento no Kenya e Inglaterra usando vacinas de DNA e MVA não geraram resposta importante por parte das células T killer em voluntários não infectados”, lamentou.
Para o pesquisador é fundamental compreender o que nos faz ficar “de joelhos por um vírus que tem apenas nove proteínas e 3.000 aminoácidos.” Uma das explicações, segundo ele, seria sua rápida replicação com elevada taxa de mutação, sua grande plasticidade, que o faz evoluir rapidamente, constituindo um desafio para o sistema imune (escape viral).
De acordo com Watkins, outras características do vírus que o torna “tão devastador” são sua capacidade de infectar os linfócitos T CD4+, principal responsável por orquestrar a resposta imune adaptativa, e de ficar latente – escondendo-se silenciosamente em nosso próprio DNA.
Infecção aguda
Segundo o especialista, a infecção aguda do HIV, que dura de 4 a 8 semanas logo após o contágio, é caracterizada por uma síndrome conhecida como “Flu-like” (em que a pessoa apresenta febre, mialgia, dor de cabeça, mal estar, entre outros exemplos). Além disso, por volta do 14º dia de infecção, o número de cópias virais de sangue atinge um pico que, logo em seguida, se reduz e o indivíduo pode viver meses ou anos sem apresentar sintomas, período de latência clínica do vírus. “Contudo, durante esse período o vírus silenciosamente destrói o sistema imune, e pode ser transmitido para outras pessoas”, destacou.
Watkins explicou que a primeira barreira encontrada pelo vírus no organismo é a imunidade inata, ou seja, as células assassinas, cuja principal característica é eliminar qualquer célula infectada por organismos estranhos, como o HIV. “Macacos sem células assassinas desenvolvem Aids mais rapidamente do que aqueles portadores”, ressaltou.
Fonte: Agência Notisa
Na opinião de David Watkins, da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), não se pode "fazer uma vacina utilizando os meios convencionais. Nós precisamos utilizar uma maneira diferente”.
A despeito dos esforços de grupos de cientistas de diversas partes do mundo no sentido de desenvolver uma vacina contra o HIV, na opinião de David Watkins, do Departamento de Patologia e Medicina Laboratorial da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), é pouco provável que um dia se chegue a um resultado concreto pelos caminhos até agora trilhados. “Eu estive em Amsterdam recentemente e assisti a muitas pessoas tentando fazer vacinas para o HIV e quando voltei para os EUA estava muito deprimido. Eu acho que buscar desenvolver vacinas é o caminho mais difícil (na luta contra o HIV/Aids)”, afirmou durante o Seminário Avançado sobre Patogênese em HIV/AIDS, que está sendo realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz e que termina na sexta-feira (27/10).
O especialista explicou que, em geral, uma vacina é baseada em anticorpos – o que não é possível no caso do HIV. “Em primeiro lugar, por causa da variabilidade do vírus. É muito difícil criar um anticorpo que sirva para todos”, disse. Segundo ele, outro problema enfrentado no esforço de se desenvolver uma vacina é que não se pode utilizar uma carga atenuada do vírus, sob risco de ocorrer uma recombinação. “Nós não podemos fazer uma vacina utilizando os meios convencionais. Nós precisamos utilizar uma maneira diferente”, defendeu.
De acordo com Watkins, a maioria das vacinas inicialmente testadas estão tentando induzir resposta mediada por linfócitos T killer (células do sistema imunológico) . “Infelizmente, estudos clínicos em andamento no Kenya e Inglaterra usando vacinas de DNA e MVA não geraram resposta importante por parte das células T killer em voluntários não infectados”, lamentou.
Para o pesquisador é fundamental compreender o que nos faz ficar “de joelhos por um vírus que tem apenas nove proteínas e 3.000 aminoácidos.” Uma das explicações, segundo ele, seria sua rápida replicação com elevada taxa de mutação, sua grande plasticidade, que o faz evoluir rapidamente, constituindo um desafio para o sistema imune (escape viral).
De acordo com Watkins, outras características do vírus que o torna “tão devastador” são sua capacidade de infectar os linfócitos T CD4+, principal responsável por orquestrar a resposta imune adaptativa, e de ficar latente – escondendo-se silenciosamente em nosso próprio DNA.
Infecção aguda
Segundo o especialista, a infecção aguda do HIV, que dura de 4 a 8 semanas logo após o contágio, é caracterizada por uma síndrome conhecida como “Flu-like” (em que a pessoa apresenta febre, mialgia, dor de cabeça, mal estar, entre outros exemplos). Além disso, por volta do 14º dia de infecção, o número de cópias virais de sangue atinge um pico que, logo em seguida, se reduz e o indivíduo pode viver meses ou anos sem apresentar sintomas, período de latência clínica do vírus. “Contudo, durante esse período o vírus silenciosamente destrói o sistema imune, e pode ser transmitido para outras pessoas”, destacou.
Watkins explicou que a primeira barreira encontrada pelo vírus no organismo é a imunidade inata, ou seja, as células assassinas, cuja principal característica é eliminar qualquer célula infectada por organismos estranhos, como o HIV. “Macacos sem células assassinas desenvolvem Aids mais rapidamente do que aqueles portadores”, ressaltou.
Fonte: Agência Notisa
1 Comments:
At 7:35 AM, Anonymous said…
ola vania. o teu trabalho sobre as vacinas para o HIV estava muito bem conseguido e ajudou-me especialmente a entender um pouco do que se pode esperar por parte deste virus que é o HIV. daí o melhor é usar sempre preservativo... bjs.
Post a Comment
<< Home