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Wednesday, December 13, 2006

Sistema Reprodutor Feminino


O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas trompas de Falópio, um útero, uma vagina e uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.




A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado da sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que segregam um muco lubrificante.
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo -vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana rompe-se nas primeiras relações sexuais.

A vagina é o local onde o pénis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pénis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebé.

A vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e enervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pêlos púbicos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso eréctil, homólogo ao pénis do homem.

Ovários: são as gónadas femininas. Produzem estrogéneo e progesterona, hormonas sexuais femininas.





No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gâmetas nos seus dois ovários. Estas células - os oócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf. A partir da adolescência, sob acção hormonal, os folículos de Graaf começam a crescer e a desenvolver-se. Os folículos em desenvolvimento segregam o estrogénio. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e libertando o oócito secundário: fenómeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a segregar a progesterona e o estrogéneo.

O gameta feminino libertado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das trompas de falópio - as fímbrias.

Trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das trompas de falópio impelem o gâmeta feminino até o útero.



Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao recto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio.

Sistema Reprodutor Masculino


O sistema reprodutor masculino é formado por:
  • Testículos ou gônadas
  • Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra.
  • Pénis
  • Escroto
  • Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais.






Testículos
: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos. Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig produzem as hormonas sexuais masculinas, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários.

Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados.

Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.

Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será libertado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sémen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormonas produzidas em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas actuam na contracção da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras actuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatórios).

Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Segrega substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e activam os espermatozóides.

Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: a sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pénis durante o acto sexual.

Pénis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pénis encontra-se a glande - cabeça do pénis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjosos, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (erecção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.





A uretra é vulgarmente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga contraem-se durante a erecção para que nenhuma urina entre no sémen e nenhum sémen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.

Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem desenvolver-se adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos localizam-se na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da temperatura corporal.

Tuesday, December 12, 2006

Notícia



30 Maio, 2006

"RNA desafia leis de Mendel"

"Trabalho de pesquisadores franceses e norte-americanos sugere que a molécula do RNA está presente no esperma de camundongos e pode ser passada para o óvulo durante a fertilização, onde é capaz de silenciar a acção de genes e, assim, mudar traços físicos que deveriam estar presentes na prole. Os cientistas injetaram RNA de células mutantes nos animais e viram que tal procedimento alterava o funcionamento da versão normal do gene kit, que controla a existência ou não de manchas nos pés e rabo dos bichos. Ou seja, a dose extra de RNA fez aparecer pintas em roedores que não tinham herdado essa característica."

Monday, December 11, 2006

Hereditariedade

As experiências de Mendel e as Leis da Hereditariedade

Mendel escolheu a ervilheira de jardim para os seus estudos, uma vez que esta apresenta um conjunto de caracteristicas que a tornam um material biológico adequado ás experiências que pretendia efectuar.
Dentre estas caracteristicas destacam-se:
- facilidade de cultivo;
- elevado número de descendentes;
- grande variedade de caracteristicas;
- corola, cuja estrutura possibilita o controlo da polinização, pois a disposição das suas pétalas impede a entrada de pólen de outras plantas.




Baseando-se nas suas observações, construiu o conceito de indivíduo puro, como sendo aquele que apresentava a caracteristica observada na única forma presente ao longo de várias gerações.

Mendel isolou cada uma das suas linhagens de indivíduos puros, chegando ás seguintes conclusões:
  • Existem dois factores alternativos para a expressão de um dado caracter;
  • Para cada caracter, um organismo herda dois factores, um de cada progenitor;
  • Se dois factores são antagónicos, um é dominante e é totalmente responsável pelo aspecto manifestado, enquanto que o outro é recessivo e não interfere na aparência do indivíduo;
  • Na formação dos gâmetas os dois factores separam-se e cada gâmeta fica só com um de cada progenitor.

As suas primeiras experiências apenas envolveram cruzamentos monoíbridos, ou seja, o estudo de apenas um caracter, em que cada planta da geração P correspondia a uma linhagem pura.



Após ter efectuado várias experiências de monoibridismo, Mendel formulou a sua primeira lei - Lei da Segregação Factorial - "Quando qualquer indivíduo produz gâmetas, os alelos separam-se, recebendo cada gâmeta apenas um membro de cada par de alelos." Os indivíduos da geração F1, resultantes do cruzamento de duas linhagens puras (uma dominante e outra recessiva), são todos heterozigóticos. Através da autopolinização ocorre combinação aleatória dos gâmetas, produzindo a geração F2.


Mendel constatou que os indivíduos apresentavam vários caracteres que os difrenciavam entre si (forma e a cor das sementes). Para isto, procurou verificar se os alelos de genes diferentes sofrem um fenómeno de segregação semelhante aos alelos de um mesmo gene, ou se eles se mantêm associados durante a formação dos gâmetas.
Se os alelos se mantivessem associados, as plantas de F1 deveriam produzir dois tipos de gâmetas, e a geração F2 deveria apresentar uma proporção fenotípica 3:1; pelo contrário, se a segregação dos alelos for independente há a produção de quatro tipos de gâmetas em proporções idênticas. Estes, quando combinados produzem uma geração F2 contendo nove genótipos e quatro fenótipos diferentes, na razão 9:3:3:1.

Baseado nestes estudos, Mendel formulou a sua segunda lei - Lei da Segregação Independente - "Alelos de genes diferentes segregam-se independentemente durante a formação de gâmetas."

Contracepção e Técnicas de reprodução assistida

O que entendo por contracepção?

Contracepção é o acto de evitar uma gravidez indesejada.
A contracepção pode ser realizada de três formas:
- Evitando a produção e libertação de gâmetas das gónadas;
- Impedindo a fecundação;
- Controlando a nidação.

Os únicos métodos 100% seguros para impedir a fecundação e a consequente gravidez são a abstinência total da actividade sexual e a remoção cirúrgica das gónadas, contudo estes não são os mais utilizados.
Os métodos contraceptivos mais utilizados são os naturais, os hormonais e os de barreira.
Dos métodos contraceptivos naturais destacam-se:
- Método do calendário, que considera o tempo de sobrevivência dos gâmetas (24 horas para o oócito e 72 horas para o espermatozóide);
- Método das temperaturas, o qual considera a variação da temperatura basal do corpo ao longo do ciclo uterino, sendo mais elevada após a ovulação.
Este método exige a medição diária da temperatura, ao acordar e sempre no mesmo local do corpo, e registo num gráfico.
- Método do muco cervical. Este método, considera a elasticidade do muco cervical, exigindo a sua observação diária. Note bem: no período fértil, a elasticidade do muco aumenta chegando a atingir 15 a 20 cm quando distendido entre 2 dedos.

Estes métodos destinam-se, portanto, unicamente á população feminina.


Dos métodos de barreira fazem parte:
- Diafragma;
- Preservativo masculino e feminino;
- Dispositivo intra-uterino (DIU);





São ainda conhecidos, os métodos hormonais ou quimicos, como as pílulas, que contêm variações sintéticas de hormonas ováricas.

A toma da pílula efectua-se diariamente, durante 21 dias consecutivos, seguidos de um período de 7 dias de cansaço. Neste espaço de tempo, ocorrerá a hemorragia de privação, "uma menstruação" e a segurança contraceptiva mantém-se se houver relações sexuais.
O mecanismo de actuação da pílula baseia-se no impedimento da ovulação. A progesterona e o estrogénio exercem um feedback negativo sobre o complexo hipotálamo - hipófise, impedindo a libertação de gonadotropinas. O ciclo ovárico é assim suspenso, deixando de ocorrer maturação dos folículos.

Um outro método químico é a "pílula do dia seguinte", que liberta grandes quantidades de hormonas sexuais, principalmente estrogénio. Essas hormonas vão actuar ao nível das trompas de falópio e do endométrio, de modo a prevenir a implantação do ovo, sendo considerado como método abortivo.


Contracepção Cirúrgica:

A esterilização resulta num impedimento permanente da libertação de gâmetas, e pode ser efectuada no homem (vasectomia) ou na mulher (laqueação).
Vasectomia - consiste no corte e sutura dos vasos deferentes, impedindo a passagem dos espermatozóides para a uretra.
Laqueação - corte e sutura das trompas de falópio, interrompendo o percurso do oócito e impedindo a chegada de espermatozóides.

Infertilidade masculina e feminina - Técnicas de reprodução assistidas

Entende-se por infertilidade a incapacidade temporária ou permanente em conceber um filho e em levar uma gravidez até ao seu termo natural, após um ano de relações sexuais sem métodos contraceptivos.

A infertilidade pode dever-se a vários factores dos quais se destacam:
- Problemas genéticos;
- Malformações congénitas;
- Factores imunitários;
- Distúrbios hormonais;
- Alimentação;
- Estado de saúde geral;
- Idade ( no caso da mulher);
- Doenças sexualmente transmissiveis (DST).

Dentro das doenças sexulamente transmissíveis, faço referência ás seguintes:
- SIDA;
- Hepatite B;
- Herpes genital;
- Gonorreia;
- Sífilis;
- Candidíase;
- Tricomoníase.

Reprodução Assistida:

Conjunto de técnicas que visam obter uma gestação substituindo ou facilitando uma etapa deficiente no processo reprodutivo.
Existem várias técnicas para o tratamento da infertilidade das quais cito:
- Inseminação Artificial (IUI), que consiste na transferência mecânica de espermatozóides, previamente recolhidos, tratados e seleccionados, para o interioro do aparelho genital feminino, na altura da ovulação;

- Fertilização in vitro - consiste na recolha de oócitos e de espermatozóides e sua junção em laboratório. Após a fecundação dos gâmetas, ocorre a incubação in vitro do zigoto até á sua divisão ( 2 a 8 células).
Posteriormente ocorre transferência do embrião para o útero, para que se possam implantar e desenvolver (IVF - ET);

- GIFT - os dois tipos de gâmetas são transferidos para o interioro das trompas de modo a que só aí ocorra a sua fusão;

- ZIFT - ambos os tipos de gâmetas são postos em contacto in vitro, em condições apropriadas á sua fusão. O zigoto ou zigotos resultantes, são transferidos por laparoscopia para o interior das trompas;


- ICSI - Microinjecção de um único espermatozóide directamente no citoplasma do oócito.

- Crioconservação de gâmetas e de embriões - a conservação de espermatozóides e embriões excedentários por congelação a baixas temperaturas é muito útil, sobretudo em situações de declínio de fertilidade.