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Thursday, June 07, 2007

Biotecnologia para a África

Agricultores de vários países do continente negro querem acesso à engenharia genética.
Enquanto fazendeiros de várias partes do mundo se unem em protesto contra o uso da engenharia genética nas plantações, agricultores de diversas regiões da África lutam por acesso à biotecnologia. O filme Voices from Africa, produzido pelo Core (Congress of Racial Equality – Congresso da Igualdade Racial), apresenta uma comparação entre agricultores do Quênia, que se baseiam em plantios convencionais, e da África do Sul, onde os transgênicos já são amplamente cultivados.

No Quênia, 80% da população vive na zona rural e depende da agricultura para sobreviver. Devido às más condições de solo, ao clima seco da região e às pragas, muito pouco do que é produzido é efetivamente aproveitado. Roy Innis, presidente do Core, após conversar com pesquisadores, políticos e agricultores do país, afirma que a solução para diversos problemas, como fome e desnutrição, seria o emprego de organismos geneticamente modificados (OGMs) para suportar a seca e os insetos.

Agricultores de vários outros países africanos teriam o mesmo posicionamento com relação à biotecnologia. “Temos que fazer o possível para garantir que agricultores africanos tenham acesso à nova tecnologia, que potencialmente pode melhorar sua qualidade de vida”, disse Innis. Enquanto os fazendeiros aguardam a chegada da biotecnologia ao seu país, a população queniana consome milho transgênico importado da África do Sul.

Na África do Sul, milho, soja e algodão alterados geneticamente são cultivados em uma área de 500 mil hectares. Agricultores sul-africanos testemunham a chegada da biotecnologia como a maior revolução na agricultura nos últimos tempos. Com maior aproveitamento de cultivos transgênicos, comparado ao que se obtinha com plantios tradicionais, eles mostram que é possível desfrutar de bens como carro, televisão e geladeira. “Agora podemos comprar comida e levar nossos filhos para a escola. Minha vida mudou e, como se pode ver, minha mulher está mais gorda”, conta um agricultor. Nos créditos finais, a equipe de produção do filme agradece o apoio da Monsanto, maior produtor mundial de sementes geneticamente modificadas.

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